Viva o conhecimento.

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''Uma vida não examinada não merece ser vivida''._SÓCRATES

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

PLANO DE AULA: A POLÍTICA MODERNA E A FILOSOFIA DE MAQUIAVEL

                                                               Autor: Professor Michel Gustavo. 
Tema: A política na Modernidade a partir da Filosofia de Maquiavel.
Justificativa: apresentar a concepção filosófica de Maquiavel sobre a Política aos alunos contextualizá-la de maneira que eles venham a compreender que o pensamento político de Maquiavel é muito relevante na atualidade, pois, a maioria dos nossos governantes segue os seus preceitos, em especial, os apresentados na sua obra-prima: O príncipe.

Objetivos: oferecer uma noção sobre o conceito de modernidade, estimular a criticidade dos alunos em relação ao acontecer político atual e oferecer subsídios teóricos para que os mesmos possam compreender que a nossa sociedade é violenta, injusta e, que apesar de toda a carga pejorativa (maquiavelismo, maquiavélico) que engloba o nome Maquiavel, sua teoria política é quase que um retrato fiel da nossa realidade social e política.

1ª ETAPA: 1ª Aula; Iniciarei a aula expondo o assunto que será discutindo nas próximas 5 aulas, falarei da proposta da confecção do cartaz sobre os acontecimentos políticos mundiais da atualidade. Pretendo escrever na lousa as principais premissas de Maquiavel sobre a política.

2ª ETAPA: 2 ª e 3ª Aulas; Pretendo primeiro explicar o pensamento de Maquiavel e contextualizá-lo, trazê-lo para os nossos dias, logo após, levarei os alunos à sala de computação da escola para fazerem um levantamento bibliográfico sobre o filósofo e irei propor a formação de grupos de pesquisa e a composição do cartaz e de um breve texto dissertativo sobre o pensamento do filósofo.

3ª ETAPA: 4ª E 5ª aulas; Término da composição dos cartazes, dos textos dissertativos. Exposição oral e visual dos cartazes de cada grupo. E para finalizar complementarei o que for exposto pelos alunos sobre o pensamento de Maquiavel e sobre a política atual.

            Metodologia:
            >Exposição das principais premissas do corpo teórico de Maquiavel na lousa.
            >uso da internet da escola para o levantamento bibliográfico do autor.
            > propor grupos de cinco alunos para fazerem um cartaz contendo as informações recentes sobre os acontecimentos políticos no mundo.
           
Avaliação: será avaliado o conteúdo elaborado no cartaz, seja os dados políticos da atualidade, assim como o texto dissertativo sobre o filósofo e a exposição do mesmo pelos alunos e também sua participação no decorrer das aulas.

Materiais utilizados: lousa, giz, papel ( cartaz) e computadores.

Referências Bibliográficas:
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia. São Paulo: Editora Ática, 1997.
MAQUIAVEL. O príncipe; tradução de Antônio Caruccio-Caporale. Porto Alegre: L&PM POCKET, 2007.


           

             




PROPONDO MAIS 7 TEMAS TRANSVERSAIS ALÉM DOS INSTITUÍDOS PELOS PCN's



temas transversais 3


Os PCN’s instituem os temas transversais em 6 áreas:
1. Ética que compreende respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade.
2. Orientação Sexual que compreende o corpo como matriz da sexualidade, relações de gênero, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
3. Meio ambiente que compreende os ciclos da natureza. sociedade e meio ambiente, manejo e conservação ambiental.
4. Saúde que compreende auto cuidado e vida coletiva.
5. Pluralidade Cultural que compreende a vida das crianças no Brasil, o ser humano como agente social e produtor da cultura e cidadania.
6. Trabalho e Consumo que compreende as relações de trabalho (trabalho, consumo, meio ambiente e saúde, meios de comunicação de massa, publicidade, vendas, direitos humanos, cidadania).
Quando se trabalha temas transversais na escola tem-se a facilidade de integrar as ações de modo contextualizado através da interdisciplinaridade e transversalidade organizando as várias disciplinas num eixo único para se trabalhar os conhecimentos de modo coordenado.
Além destes temas instituídos pelos PCN’s  propomos outros temas para se trabalhar, os quais irão ajudar a tratar questões importantes e urgentes para nossa sociedade, questões estas como o individualismo exacerbado e suas consequências, a violência em todos os seus aspectos, a falta de informação ou a informação equivocada que leva a mortes ou ações desnecessárias e a falta de responsabilidade de muitos cidadãos em assumir seus próprios atos ao agir inconsequentemente.
Os temas propostos podem estar identificados nas áreas da ética, da orientação sexual, do meio ambiente, da saúde, da pluralidade cultural ou do trabalho e consumo, porém estes recebam nomes específicos e focalizam ações específicas.
São eles:
Aliança ou pacto que compreende acordos que as pessoas podem estabelecer entre elas os quais objetivam a realização de fins comuns e a responsabilidade em assumir as consequências quando o acordo é rompido sem consenso das partes envolvidas.
Auto Governo que compreende assumir responsabilidades pelos próprios atos. Quanto mais auto governo se tem pelas próprias ações, menos controle se receberá de outras pessoas.
Caráter que compreende a soma de hábitos, virtudes e vícios das pessoas (traços morais da personalidades de cada um) que devem ser tratados na escola.
Individualidade que compreende que cada ser humano é único com suas características e particularidades que distinguem os indivíduos. Não existe dois seres humanos iguais.
Mordomia que compreende que cada um deve ter a responsabilidade de cuidar de tudo que lhe vier às mãos, sendo de suas posses ou de outros.
Soberania que compreende que embora a educação seja laica, o ser humano tem curiosidade de saber sobre sua origem e da origem de todas as coisas  que existe e que há um ser que é soberano e que sustenta o firmamento no céu e que controla os limites dos mares e que criou a engrenagem do corpo humano com um cérebro fantástico e que criou as flores, etc. E que esse ser supremo é Deus.
Semeadura e Colheita que compreende que tudo aquilo que se plantar se colherá, ou seja, toda ação tem uma reação, cada ato traz uma consequência se positivo, positiva se negativo, negativa.
Os temas transversais instituídos pelos PCN’s permeiam todas as áreas do conhecimento do currículo escolar e atendem a necessidade de um trabalho mais significativo e expressivo de temáticas sociais na escola, enquanto que os temas propostos neste texto atenderá além das temáticas sociais, também as temáticas psicológicas. São temas que envolvem aprender sobre a realidade para interferir nesta realidade a fim de transformá-la.
                                                                                          
                                                                                           De: Eliane. S. Silva

Fontes:
- Canal do Educador – Amélia Hamze.
- Wikipédia
- F.A.C.E. Fundação para a Educação Cristã Americana – Rosalie Slater e Verna M. Hall.

DESCARTES, O PAI DA FILOSOFIA MODERNA


René Descartes [1596-1650], francês,  é considerado o pai da filosofia moderna.

Descartes tinha como projeto filosófico criar uma Ciência confiável e afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso, de início, colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo para criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza. 

Descartes realiza a dúvida hiperbólica para chegar a primeira verdade absoluta. Para que, a partir dessa verdade absoluta, possa criar uma ciência verdadeira. Para pensar corretamente, é preciso antes abolir todos os privilégios e toda a autoridade dos mestres; é preciso colocar em cheque todos os pressupostos, todas as filiações, todos os medos, e valer-se apenas daquilo que é comum à humanidade inteira: a razão. O dom de distinguir o falso do verdadeiro existe em todos os homens, argumenta Descartes - o problema é que a maioria deles contenta-se com verdades parciais ou incompletas, que foram herdadas.
DESCARTES NÃO QUERIA APENAS DUVIDAR DE TUDO POR DUVIDAR, APENAS, QUERIA POR A PROVA A VERACIDADE DO CONHECIMENTO TRADICIONAL.

O primeiro alvo da dúvida cartesiana são nossas certezas mais imediatas - aquelas fornecidas pelos sentidos. O filosofo foi considerando como incertas todas as percepções sensoriais, todas as noções adquiridas sobre os objetos materiais. E prosseguiu assim, cada vez mais colocando em dúvida a existência de tudo aquilo que constitui a realidade e o próprio conteúdo dos pensamentos.

Como resultado da aplicação da dúvida, pôs-se em causa toda a dimensão dos objetos, quer sensíveis quer inteligíveis. Foi tudo posto em causa, ou seja, reina o cepticismo: tudo é falso, nada é verdadeiro, isto é, nada resiste à dúvida. Contudo, quando a dúvida atinge o seu ponto máximo, uma verdade indubitável vai impor-se. SE EU DUVIDO EU PENSO SE EU PENSO, LOGO EXISTO.

→ A dúvida é um ato do pensamento que só é possível se existir um sujeito que o realize. A condição de possibilidade do ato de duvidar é a existência do sujeito que pensa, ou seja, duvidar é um ato que tem de ser exercido por alguém. Logo, a existência do sujeito que duvida é uma verdade indubitável: “Penso, logo existo.”, ou seja, eu duvido de tudo, mas não posso duvidar da minha existência como sujeito que, neste momento, duvida de tudo. “Duvido, logo existo.”
Chegou a duvidar da própria existência. Finalmente, estabeleceu que a única verdade totalmente livre de dúvidas era a seguinte: mesmo quando coloco tudo em dúvida, meus pensamentos existem. Disso decorre a célebre conclusão de Descartes. Penso, logo existo. Essa é a sua primeira verdade absoluta.
Em outras palavras, Descartes conclui que, por mais que o ser humano duvide de tudo, ele estará pensando enquanto duvida.

A SEPARAÇÃO ENTRE A RES COGITAN E A RES EXTENSA, O PENSAMENTO E O CORPO.
É preciso esclarecer que o Descartes era um filósofo que acreditava muito no poder da razão humana. Ou seja, Descartes, foi um racionalista convicto, recomendava que desconfiássemos das percepções sensoriais, responsabilizando-as pelos freqüentes erros do conhecimento humano.

Assim, o ser humano era para ele, uma substancia essencialmente pensante. O pensamento é algo mais certo do que a própria matéria corporal. Descartes concluiu assim que aquilo que pensa (o sujeito) é alguma coisa diferente daquilo que é pensado (o objeto).

Res Cogitan é a manifestação do espírito, o raciocínio lógico do Sujeito Cognoscente.
Res extensa, é o corpo e o mundo exterior.

Da sua obra-Discurso do método, podemos destacar quatro regras básicas, capazes de conduzir espírito na busca de verdade:

1- Regra da evidencia –só aceitar algo como verdadeiro desde que seja absolutamente evidente por sua clareza e distinção.
2- Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas partes quantas forem necessárias para resolve-las melhor.
3- Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para os mais complexos.
4- Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido.
Com o seu método da dúvida crítica, Descartes abalou profundamente o edifício do conhecimento estabelecido.

TIPOS DE IDEIAS
→ A idéia de alma e de Deus são idéias inatas – estão na mente desde o nascimento e serão desenvolvidas pela razão sem o apoio da experiência. Só as idéias inatas são claras e distintas.
→ As idéias adventícias (idéia de Sol ou maçã) são idéias que procedem da experiência.
→ As idéias factícias são idéias forjadas pelo sujeito como é o caso da idéias de sereia ou unicórnio.

POR QUE DESCARTES É CONSIDERADO O PAI DA FILOSOFIA MODERNA?

Por que a sua forma de filosofar é inovadora e prioriza a razão humana, ao contrário da Medieval, escolástica que coloca, em Deus e a Religião, o centro das questões humanas

domingo, 5 de janeiro de 2014

FILME: A OUTRA HISTÓRIA AMERICANA

Trata-se de um importante filme para a reflexão sobre o preconceito racial

Sinopse:
Derek Vinyard (Edward Norton) herdou o ódio diretamente de seu pai. Acreditando na ideologia nazista da supremacia de uma “raça pura”, o jovem se une a uma gangue de cabeças raspadas e mata dois homens negros. Seu destino é a prisão — e, somente quando está atrás das grades, Derek começa a entender como o mundo é de fato e como esteve agindo de maneira imbecil nos últimos anos. 



Quando finalmente é libertado, Derek descobre que seu irmão mais novo, Danny, o considera uma espécie de herói, um mártir para o “movimento”. Vendo o irmão imerso na mesma teia de racismo e violência que outrora quase destruiu sua vida, Derek vai tentar dar fim ao elo de ódio que corre nas veias de sua própria família.

Assista no link abaixo:

O QUE É O SER HUMANO? A CONDIÇÃO ANIMAL COMO PONTO INICIAL NO PROCESSO DE COMPREENSÃO DO HOMEM

FILOSOFIA: 3º ANO 1º BIMESTRE

O conceito de estado de natureza tem a função de explicar a situação pré-social na qual, os indivíduos existem isoladamente. Duas foram as principais concepções do estado de natureza:
1. A CONCEPÇÃO DE HOBBES (no século XVII), segundo a qual, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente, vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e, principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar.
RESUMO: o homem é mal e egoísta por natureza

2.A CONCEPÇÃO DE ROUSSEAU (no século XVIII), segundo a qual, em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados pelas florestas, sobrevivendo com o que a Natureza lhes dá, desconhecendo lutas e comunicando-se pelo gesto, pelo grito e pelo canto, numa língua generosa e benevolente. Esse estado de felicidade original, no qual os humanos existem sob a forma do bom selvagem inocente, termina quando alguém cerca um terreno e diz: "É meu". A divisão entre o meu e o teu, isto é, a propriedade privada, dá origem ao estado de sociedade, que corresponde, agora, ao estado de natureza hobbesiano da guerra de todos contra todos.
RESUMO: o homem é o bom selvagem e a civilização que o corrompe

3.  A CONCEPÇÃO DE FREUD Para Freud o homem é um ser de desejo. Sigo com as três instâncias básicas: o id, regido pelo "princípio do prazer", instância que acompanha o ente humano desde a sua origem, tinha a função de descarregar as tensões biológicas, é a reserva inconsciente dos desejos e impulsos de origem genética e voltados para a preservação e propagação da vida. Para Freud, em grande parte, esses desejos seriam de caráter sexual, tendo em mira o prazer. O superego, também inconsciente é gradualmente formado no "Ego". O Superego faz a censura dos impulsos que a sociedade e a cultura proíbem ao Id, impedindo o indivíduo de satisfazer plenamente seus instintos e desejos. É o órgão da repressão, particularmente a repressão sexual. Manifesta-se á consciência indiretamente, sob a forma da moral, como um conjunto de interdições e de deveres, e por meio da educação, pela produção da imagem do "Eu ideal", isto é, da pessoa moral, boa e virtuosa. 
O Superego ou censura desenvolve-se em um período que Freud designa como período de latência, situado entre os 6 ou 7 anos e o inicio da puberdade ou adolescência. Nesse período, forma-se nossa personalidade moral e social. O ego é a consciência, ou a racionalidade. É a menor e mais frágil parte da vida psíquica, subtraída aos desejos do Id e à repressão do Superego.
 Lida com a estimulação que vem tanto da própria mente como do mundo exterior. Racionaliza em favor do Id, mas é governado pelo "princípio de realidade", ou seja, a necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao Id sem transgredir as exigências do Superego. 

RESUMO: o homem é um ser de instinto, parcialmente racional e imensamente influenciado pela inconsciência.

4- NA CONCEPÇÃO DE SARTRE: o homem é o nada de predisposições, tábula rasa ( não tem nada de inato) foi lançado ao mundo sem justificativa, não decidiu existir e, por isso, tem a liberdade absoluta de escolher o homem que deseja ser, isto é, de fazer-se o homem que corresponde às expectativas do seu próprio projeto de vida.
A existência precede a essência, ou seja, primeiro o homem nasce, se relaciona com os outros e depois desenvolve a sua personalidade e o seu ponto de vista sobre a vida. Ou seja, o homem é aquilo que faz de si mesmo enquanto existe. Nas palavras de Sartre: O homem nada mais é do que o seu projeto; só existe na medida em que se realiza; não é nada além do conjunto de seus atos, nada mais que sua vida (SARTRE, 1987, p. 13).

RESUMO: O homem é o nada a priori e será aquilo que fizer de si mesmo ao longo da sua existência


                                                                                 De: Michel Gustavo de Almeida Silva