Viva o conhecimento.

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''Uma vida não examinada não merece ser vivida''._SÓCRATES

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

CONSIDERAÇÕES SOBRE A COISIFICAÇÃO DO SER HUMANO

Quem diria que aquela pretensão egocêntrica e megalomaníaca dos europeus de colonizar o mundo com a desculpa de levar adiante o seu processo civilizatório, iria culminar na barbárie? Estamos assistindo pelo internet, celular e televisão a propagação da barbárie. Qual é o valor da vida humana? Essa é a grande questão a ser debatida. Questão essa que jamais deveria ser o foco de debates, por que a vida não tem medidas. Mas, a realidade está tão feia, que, já se cogita o fim da humanidade e o fim do planeta Terra.

Modernidade, o período das luzes, do progresso da emancipação humana, da razão evoluída, isso na teoria dos europeus, por que no nosso pragmatismo cotidiano, na prática a teoria é outra. Faz mais de quinhentos anos que a humanidade prioriza o ‘’ter’’ em detrimento do ‘’ser’’, ou seja, as coisas, o poder; valem mais do que as pessoas. A tônica da nossa sociabilidade é razão calculista que faz do homem um ser opressor, controlador e faz do outro um objeto manipulável_ um meio para se obter um fim. Esse é o grande problema da nossa era, a modernidade; o homem não vê o outro como um fim em si mesmo e sim como um meio para se obter um fim

É certo que o processo civilizatório promovido pelos europeus trouxe certo progresso à diversos povos do mundo, mas, também exterminou a singularidade de cada cultura. A História que aprendemos na escola é eurocêntrica, isto é, dá destaque a visão do colonizador, pois, sabemos muito do Nazismo, mas, estudamos pouco a história do Brasil. Que moral que o europeus têm para falar de progresso e civilização ao indígena? E o que Hitler e o povo alemão fizeram? Levaram embora o nosso ouro, escravizaram a África e nivelaram as culturas à ética menor do mercado. Quer algo mais nocivo a sociedade democrática do que o sistema capitalista que exclui a maioria do povo e polariza os seus benefícios nas mãos de uma pequena minoria?

Isso tudo é coisificação e tudo isso é fruto da relação sujeito-objeto, produto teórico do filósofo Descartes _ o pai da modernidade. Claro que , quando Descartes criou o Método Cartesiano e a Penso, logo existo, ele não pensava que as outras pessoas distorceriam a sua teoria. O filósofo só queria superar o pensamento teológico da Idade média, os mitos da antiguidade e dar liberdade para o pensamento humano, ou seja, inaugurar uma nova forma de pensar a vida social. Para isso combateu todos os dogmas, ilusões e ideologias a ponto de duvidar da própria existência. O seu pensamento tirou a autoridade de Deus e da Natureza e colocou a humanidade no centro do mundo. E os europeus, claro, gostaram da idéia e a proliferaram pelas escolas da Europa e mundo afora.

O problema é que eles se colocaram no centro do mundo. O que é a coisificação tem a ver com o método cartesiano? Simples, o pensamento cartesiano dá ao sujeito pensante a autoridade de fazer do mundo, o objeto do seu pensamento. Eu sou o sujeito, o senhor da razão e o mundo e as outras pessoas são objetos da minha racionalidade. Então, as relações humanas passaram a ser mediadas pela razão calculista onde tudo gira em torno do lucro e prazer carnal. O corpo, o tempo e a inteligência do outro podem ser minhas propriedades. Entende-se por “coisificação” um processo no qual cada um dos elementos da vida social perde seu valor essencial e passa a ser avaliada apenas como “coisa”, ou seja, quanto a sua utilidade, quanto a sua capacidade de satisfazer certos interesses. 


A coisificação vai de encontro a cidadania e promove a não cidadania porque exclui a ética das relações humanas e coloca os interesses pessoais acima dos diretos humanos.


Exemplo de coisificação: Escravidão, trabalho forçado, exploração sexual, tráfico de pessoas.

A DESIGUALDADE RACIAL, UMAS DAS FORMAS DE DESIGUALDADE ENTRE OS HOMENS


Ao longo da história humana, a crença na existência de raças superiores e inferiores foi utilizada para justificar a escravidão ou o domínio de determinados povos por outros.
A desigualdade racial, ou racismo, é a tendência de pensamento ou atitude humana, que dá grande importância a uma suposta existência de raças humanas diferentes e com diferenças em superioridade entre elas. Não se trata de uma teoria científica, mas de um conjunto de opiniões incoerentes, cujo principal objetivo é alcançar a valorização, generalizada e definida, de diferenças biológicas entre os homens, reais ou imaginárias.

Essa doutrina afirma que existem raças puras, que estas são superiores às demais e que tal superioridade autoriza uma hegemonia política e histórica a certo povo.
Contudo essa crença é equivocada, pois, não há comprovação científica de que um povo é superior ao outro. Ainda que a Biologia possa ter usado a palavra raça para definir grupos de indivíduos distintos no interior da mesma espécie, é importante salientar que esse conceito passou a ser recusado pela comunidade científica, após as atrocidades da Segunda Guerra mundial, onde podemos frisar o fato histórico do massacre dos judeus nos campos de concentração com base nas teorias de raça.

O tipo mais comum de desigualdade racial encontrado é o que ocorre entre brancos e negros, mas também observamos muitos outros tipos de discriminação racial, como a que ocorreu no regime do ditador Adolf Hitler, que acreditava ser a raça ariana (pessoas brancas de uma determinada região européia) aquela superior em relação às outras, uma vez por ele concebido o conceito de raças humanas. 
Dado esse fato, Hitler promoveu um verdadeiro extermínio a judeus e pessoas de outras raças, o conhecido Holocausto, onde mais de 6 milhões de pessoas foram exterminadas.