FILOSOFIA: 3º ANO 1º BIMESTRE
O conceito de estado de natureza tem
a função de explicar a situação pré-social na qual, os indivíduos existem
isoladamente. Duas foram as principais concepções do estado de natureza:
1. A
CONCEPÇÃO DE HOBBES (no século XVII), segundo a qual, em
estado de natureza, os indivíduos vivem isolados e em luta permanente,
vigorando a guerra de todos contra todos ou "o homem lobo do homem". Nesse estado, reina o medo e,
principalmente, o grande medo: o da morte violenta. Para se protegerem uns dos
outros, os humanos inventaram as armas e cercaram as terras que ocupavam. Essas
duas atitudes são inúteis, pois sempre haverá alguém mais forte que vencerá o
mais fraco e ocupará as terras cercadas. A vida não tem garantias; a posse não
tem reconhecimento e, portanto, não existe; a única lei é a força do mais
forte, que pode tudo quanto tenha força para conquistar e conservar.
RESUMO:
o homem é mal e egoísta por natureza
2.A
CONCEPÇÃO DE ROUSSEAU (no século XVIII), segundo a qual,
em estado de natureza, os indivíduos vivem isolados pelas florestas,
sobrevivendo com o que a Natureza lhes dá, desconhecendo lutas e comunicando-se
pelo gesto, pelo grito e pelo canto, numa língua generosa e benevolente. Esse
estado de felicidade original, no qual os humanos existem sob a forma do bom
selvagem inocente, termina quando alguém cerca um terreno e diz: "É
meu". A divisão entre o meu e o teu, isto é, a propriedade privada, dá
origem ao estado de sociedade, que corresponde, agora, ao estado de natureza
hobbesiano da guerra de todos contra todos.
RESUMO:
o homem é o bom selvagem e a civilização que o corrompe
3. A
CONCEPÇÃO DE FREUD Para Freud o homem é um ser de
desejo. Sigo com as três instâncias básicas: o id, regido pelo "princípio do prazer", instância que
acompanha o ente humano desde a sua origem, tinha a função de descarregar as
tensões biológicas, é a reserva inconsciente dos desejos e impulsos de origem
genética e voltados para a preservação e propagação da vida. Para Freud, em
grande parte, esses desejos seriam de caráter sexual, tendo em mira o prazer. O
superego, também inconsciente é
gradualmente formado no "Ego". O Superego faz a censura dos impulsos
que a sociedade e a cultura proíbem ao Id, impedindo o indivíduo de satisfazer
plenamente seus instintos e desejos. É o órgão da repressão, particularmente a
repressão sexual. Manifesta-se á consciência indiretamente, sob a forma da
moral, como um conjunto de interdições e de deveres, e por meio da educação,
pela produção da imagem do "Eu ideal", isto é, da pessoa moral, boa e
virtuosa.
O Superego ou censura desenvolve-se em um período que Freud designa
como período de latência, situado entre os 6 ou 7 anos e o inicio da puberdade
ou adolescência. Nesse período, forma-se nossa personalidade moral e social. O ego é a consciência, ou a
racionalidade. É a menor e mais frágil parte da vida psíquica, subtraída aos
desejos do Id e à repressão do Superego.
Lida com a
estimulação que vem tanto da própria mente como do mundo exterior. Racionaliza
em favor do Id, mas é governado pelo "princípio de realidade", ou
seja, a necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao Id sem transgredir
as exigências do Superego.
RESUMO: o homem é um ser de instinto, parcialmente racional e imensamente influenciado pela inconsciência.
RESUMO: o homem é um ser de instinto, parcialmente racional e imensamente influenciado pela inconsciência.
4- NA
CONCEPÇÃO DE SARTRE: o homem é o nada de predisposições, tábula rasa ( não tem nada de inato) foi
lançado ao mundo sem justificativa, não decidiu existir e, por isso, tem a
liberdade absoluta de escolher o homem que deseja ser, isto é, de fazer-se o
homem que corresponde às expectativas do seu próprio projeto de vida.
A existência
precede a essência, ou seja, primeiro o homem nasce, se
relaciona com os outros e depois desenvolve a sua personalidade e o seu ponto
de vista sobre a vida. Ou seja, o homem é aquilo que faz de si mesmo
enquanto existe. Nas palavras de Sartre: O homem nada mais é do que o seu
projeto; só existe na medida em que se realiza; não é nada além do conjunto de
seus atos, nada mais que sua vida (SARTRE, 1987, p. 13).
RESUMO: O homem é o nada a priori e será aquilo que fizer de si mesmo ao longo da sua existência
De: Michel Gustavo de Almeida Silva
Bom dia ! Estou com meus alunos do 3º ano na sala do Acessa assistindo vídeos da vida selvagem, como ilustração para a S.A. 3 e 4 e também com seu texto, que bem elaborado e de linguagem acessível, enriqueceu a aula e fermentou uma boa discussão.
ResponderExcluirObrigado pelo trabalho!
Que vídeos vc trabalhou na sua aula por favor
ExcluirBom trabalhar com vídeo Crianças Selvagens mito ou verdade...acha facil na internet
ExcluirMeus parabéns pelo trabalho enriqueceu muito meus conhecimentos, Obrigado!!!
ResponderExcluirE a condição animal do homem segundo descartes e pascal . Onde posso encontrar esse conteúdo
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