Viva o conhecimento.

Viva o conhecimento.
''Uma vida não examinada não merece ser vivida''._SÓCRATES

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

DESCARTES, O PAI DA FILOSOFIA MODERNA


René Descartes [1596-1650], francês,  é considerado o pai da filosofia moderna.

Descartes tinha como projeto filosófico criar uma Ciência confiável e afirmava que, para conhecermos a verdade, é preciso, de início, colocarmos todos os nossos conhecimentos em dúvida, questionando tudo para criteriosamente analisarmos se existe algo na realidade de que possamos ter plena certeza. 

Descartes realiza a dúvida hiperbólica para chegar a primeira verdade absoluta. Para que, a partir dessa verdade absoluta, possa criar uma ciência verdadeira. Para pensar corretamente, é preciso antes abolir todos os privilégios e toda a autoridade dos mestres; é preciso colocar em cheque todos os pressupostos, todas as filiações, todos os medos, e valer-se apenas daquilo que é comum à humanidade inteira: a razão. O dom de distinguir o falso do verdadeiro existe em todos os homens, argumenta Descartes - o problema é que a maioria deles contenta-se com verdades parciais ou incompletas, que foram herdadas.
DESCARTES NÃO QUERIA APENAS DUVIDAR DE TUDO POR DUVIDAR, APENAS, QUERIA POR A PROVA A VERACIDADE DO CONHECIMENTO TRADICIONAL.

O primeiro alvo da dúvida cartesiana são nossas certezas mais imediatas - aquelas fornecidas pelos sentidos. O filosofo foi considerando como incertas todas as percepções sensoriais, todas as noções adquiridas sobre os objetos materiais. E prosseguiu assim, cada vez mais colocando em dúvida a existência de tudo aquilo que constitui a realidade e o próprio conteúdo dos pensamentos.

Como resultado da aplicação da dúvida, pôs-se em causa toda a dimensão dos objetos, quer sensíveis quer inteligíveis. Foi tudo posto em causa, ou seja, reina o cepticismo: tudo é falso, nada é verdadeiro, isto é, nada resiste à dúvida. Contudo, quando a dúvida atinge o seu ponto máximo, uma verdade indubitável vai impor-se. SE EU DUVIDO EU PENSO SE EU PENSO, LOGO EXISTO.

→ A dúvida é um ato do pensamento que só é possível se existir um sujeito que o realize. A condição de possibilidade do ato de duvidar é a existência do sujeito que pensa, ou seja, duvidar é um ato que tem de ser exercido por alguém. Logo, a existência do sujeito que duvida é uma verdade indubitável: “Penso, logo existo.”, ou seja, eu duvido de tudo, mas não posso duvidar da minha existência como sujeito que, neste momento, duvida de tudo. “Duvido, logo existo.”
Chegou a duvidar da própria existência. Finalmente, estabeleceu que a única verdade totalmente livre de dúvidas era a seguinte: mesmo quando coloco tudo em dúvida, meus pensamentos existem. Disso decorre a célebre conclusão de Descartes. Penso, logo existo. Essa é a sua primeira verdade absoluta.
Em outras palavras, Descartes conclui que, por mais que o ser humano duvide de tudo, ele estará pensando enquanto duvida.

A SEPARAÇÃO ENTRE A RES COGITAN E A RES EXTENSA, O PENSAMENTO E O CORPO.
É preciso esclarecer que o Descartes era um filósofo que acreditava muito no poder da razão humana. Ou seja, Descartes, foi um racionalista convicto, recomendava que desconfiássemos das percepções sensoriais, responsabilizando-as pelos freqüentes erros do conhecimento humano.

Assim, o ser humano era para ele, uma substancia essencialmente pensante. O pensamento é algo mais certo do que a própria matéria corporal. Descartes concluiu assim que aquilo que pensa (o sujeito) é alguma coisa diferente daquilo que é pensado (o objeto).

Res Cogitan é a manifestação do espírito, o raciocínio lógico do Sujeito Cognoscente.
Res extensa, é o corpo e o mundo exterior.

Da sua obra-Discurso do método, podemos destacar quatro regras básicas, capazes de conduzir espírito na busca de verdade:

1- Regra da evidencia –só aceitar algo como verdadeiro desde que seja absolutamente evidente por sua clareza e distinção.
2- Regra da análise – dividir cada uma das dificuldades surgidas em tantas partes quantas forem necessárias para resolve-las melhor.
3- Regra da síntese – ordenar o raciocínio indo dos problemas mais simples para os mais complexos.
4- Regra da enumeração – realizar verificações completas e gerais para ter absoluta segurança de que nenhum aspecto do problema foi omitido.
Com o seu método da dúvida crítica, Descartes abalou profundamente o edifício do conhecimento estabelecido.

TIPOS DE IDEIAS
→ A idéia de alma e de Deus são idéias inatas – estão na mente desde o nascimento e serão desenvolvidas pela razão sem o apoio da experiência. Só as idéias inatas são claras e distintas.
→ As idéias adventícias (idéia de Sol ou maçã) são idéias que procedem da experiência.
→ As idéias factícias são idéias forjadas pelo sujeito como é o caso da idéias de sereia ou unicórnio.

POR QUE DESCARTES É CONSIDERADO O PAI DA FILOSOFIA MODERNA?

Por que a sua forma de filosofar é inovadora e prioriza a razão humana, ao contrário da Medieval, escolástica que coloca, em Deus e a Religião, o centro das questões humanas

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